Alanis Morissette faz show único em Brasília

25/01/2009 14:25

 

Daniela Paiva
Do Correio Braziliense

Cantora retorna à capital depois do show no Brasília Music Festival, em 2003

Em um tempo não muito distante, o clima desértico imperava quando o assunto eram os shows internacionais de grande, médio ou pequeno porte em Brasília. Se a cidade mal aparecia como um ponto possível na rota dos gringos, imagine num plano de retorno do artista ao país. A sorte, quando batia na porta da capital, esquecia a maçaneta na segunda vez.

Nos últimos anos, o panorama acumulou novas camadas de pintura. Pode-se dizer que, desde o Brasília Music Festival (BMF) de 2003, o primeiro megaevento com artistas gringos de peso, a cidade não é um corpo tão estranho no meio do mapa dos eventos de sotaque gringo. Naquele festival, um dos atrativos ecoou forte no coração de quem vestiu flanelas e calças largas nos anos 1990: a canadense Alanis Morissette, que nesta sexta (23/01) à noite pisa mais uma vez um palco brasiliense.

Artista feminina com maior vendagem para álbum de estreia internacional na história da música, Alanis é uma cantora de números superlativos. Além de alcançar a marca de mais de 60 milhões de discos espalhados pelas estantes do mundo inteiro, a canadense de 34 anos tem em casa sete gramofones de ouro do Grammy. Versátil, fez pontas em série de tevê e filmes. E prepara-se para estrear como protagonista no cinema. Este ano, a canadense, que se naturalizou norte-americana, pretende escrever um livro.

Conhecida pelo tom confessional nas letras, Alanis descarta qualquer remorso por algo que tenha dito em suas letras. “Tudo ficou mais e mais fácil quando fiquei mais velha e menos vergonhosa”, observa. “A transparência é um dos meus maiores valores na vida.” De volta a Brasília depois de mais de cinco anos desde o show do BMF — ela esteve no Brasil três vezes —, Alanis fará hoje o segundo show da turnê, que percorrerá, no total, 11 cidades.

Desta vez, porém, não deixará os fãs em estado de choque, como no BMF, quando apareceu de cabelos curtíssimos. Alanis deixou crescer as antigas madeixas. “A autenticidade é um dos grandes estímulos para que eu continue a escrever”, diz a cantora, cujo último álbum de estúdio, Flavors of entanglement, o sétimo da carreira, saiu no ano passado. Ela pretende incluir entre três e quatro canções do trabalho no repertório. Mas garante que saciará os fãs com os hits da carreira, especialmente os de Jagged little pill, de 1995, responsável pelo estouro da cantora no mundo inteiro. Entre eles, You oughta know, Ironic, Thank u, You learn e Hand in my pocket.

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